Saúde

Desvio de septo: quando é recomendado operar?

O otorrinolaringologista Dr. Edson Freitas alerta que nem todo desvio de septo precisa ser corrigido na mesa cirúrgica

O septo nasal é uma estrutura constituída de osso e cartilagem, que separam uma narina da outra. Quando essa “parede” tende mais para uma das fossas nasais, dificultando que ela exerça sua função de maneira correta, temos a condição chamada de desvio de septo.

Estima-se que 80% da população brasileira apresente essa característica, mas que nem sempre evolui para problemas respiratórios. A deformidade pode ocorrer tanto por um crescimento exagerado da cartilagem, quanto por um evento traumático, como é o caso de acidentes ou pancadas.

Nem todo o desvio de septo precisa resultar em uma cirurgia. As recomendações são realizadas apenas quando a condição traz problemas ao paciente, como dificuldade para respirar. Segundo o otorrinolaringologista Dr. Edson Freitas, a obstrução nasal costuma ser uma das queixas mais comuns de quem convive com o desvio, visto que ele pode facilitar a retenção de secreções, sangramentos e trazer dificuldade para dormir.

O otorrinolaringologista aponta que avaliação médica é indispensável na tomada de decisão quanto a operar ou não. Por meio de uma avaliação completa, que envolve exame físico, assim como tomografia computadorizada e nasofribrolaringoscopia, o especialista ponderará sobre como resolver o problema.

Caso necessária a cirurgia, Dr. Edson Freitas tranquiliza quanto à simplicidade do procedimento, que é realizado via endonasal e com auxílio de anestesia geral. “O paciente costuma ficar cerca de oito horas no hospital apenas, necessitando de 7 dias de repouso após a alta. Após esse período, ele pode retornar às atividades cotidianas, com exceção dos exercícios físicos, que só estão liberados após quatro semanas de cirurgia, em média”, elucida.

Em casos específicos, quando o desvio de septo se dá por uma deformidade do próprio nariz, o chamado nariz torto, a rinoplastia costuma ser a opção mais adequada. “O procedimento melhora autoestima do paciente, assim como corrige outras irregularidades do nariz que apenas a cirurgia de desvio não seria capaz de resolver”, diz.

Quem deseja aproveitar a cirurgia da correção de septo para melhorar a parte estética também, faz a rinosseptoplastia — a união das cirurgias para corrigir falhas respiratórias e o formato do nariz.

Sobre Dr. Edson Freitas

Dr. Edson Freitas é médico Otorrinolaringologista pela Universidade de São Paulo, atua como professor instrutor de rinoplastia no Departamento de Otorrino da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e é membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial.

Além da especialização na Universidade de São Paulo, também tem passagem por Cambridge, onde teve oportunidade de aprender diretamente com os principais cirurgiões plásticos faciais da mais prestigiada universidade dos Estados Unidos, a Havard Medical School.

Referência na cirurgia plástica no nariz, o médico é pioneiro em impressão 3D médica e simulação computadorizada cirúrgica, assim como tem seus trabalhos premiados, com destaque nacional e internacional. É autor de três projetos médicos patenteados (M-scope, Otobone e Ed-angle).

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