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Composição corporal é tão importante quanto peso na balança

Quando o assunto é emagrecimento, muitas pessoas focam apenas no número da balança, mas esse pode ser um grande engano. É o que afirma o Dr. Pedro Fernandes, médico pós-graduado em nutrologia. De acordo com o especialista, a verdadeira transformação na saúde e no corpo vai além do peso e está diretamente ligada à composição corporal, ou seja, a proporção entre gordura, músculos, água e outros tecidos do organismo.

Além disso, a avaliação da composição corporal pode indicar a prevalência de doenças crônicas, como obesidade, hipertensão, diabetes e alguns tipos de câncer, como destaca uma publicação do Jornal da USP, com base nas informações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia. A publicação destaca que o eventual desequilíbrio entre os componentes pode aumentar os riscos de incidência de doenças.

Segundo a publicação, diversos estudos indicam que a distribuição ideal de músculo seria por volta de 45% para os homens e 36% para as mulheres. Já a quantidade de gordura corporal ideal pode variar entre 16% e 20% para homens e entre 20% e 24% para mulheres. A distribuição ideal de água seria 60% em homens e 55% em mulheres, enquanto o peso dos ossos dos homens seria de 15% em homens e de 12% em mulheres.

“A balança sozinha não conta a história completa. Cada paciente precisa ser tratado de forma individualizada”, ressalta Dr. Pedro Fernandes. Ele exemplifica: “Pacientes que incluem musculação e uma dieta balanceada podem perder gordura enquanto ganham massa muscular. Nesses casos, o peso na balança pode não mudar, levando muitos a acharem que não estão evoluindo, quando, na verdade, estão melhorando sua composição corporal”.

Para o especialista, isso mostra que o peso total não reflete necessariamente saúde ou progresso real: um corpo com mais músculos e menos gordura pode pesar o mesmo, mas ter um metabolismo mais ativo e menor risco de doenças.

Perder peso versus melhorar a composição corporal: qual a diferença?

Dr. Pedro Fernandes explica que a melhoria da composição corporal é resultado não só da perda de gordura, mas também do ganho ou até mesmo da manutenção da massa muscular.

“Emagrecer com saúde não significa apenas ‘ficar mais leve’, e sim reduzir gordura enquanto se preserva (ou aumenta) a massa magra”, esclarece.

Análise da composição corporal

Uma avaliação detalhada permite criar estratégias personalizadas para o emagrecimento saudável. Para o médico, é essencial evitar que a perda de peso seja consequência da diminuição de músculos, e não apenas de gordura. “Manter a massa muscular é fundamental para reduzir o risco de o paciente voltar a engordar”, afirma.

Dados do estudo “Dukan e Depois?” noticiado pelo portal GShow, revelam que 75% dos entrevistados recuperaram o peso que haviam perdido com a realização de dietas restritivas. A pesquisa foi publicada por uma editora francesa, que acompanhou 4761 voluntários que seguiram diferentes dietas por, pelo menos, dois anos.

Uma análise detalhada evita complicações comuns em dietas mal planejadas. “Se o paciente tem pouca massa muscular, o  ideal é direcionar o tratamento para ganho de massa magra junto com a perda de gordura”, explica Dr. Pedro Fernandes.

De acordo com o médico pós-graduado em nutrologia, é possível utilizar determinados métodos para avaliar a composição corporal de forma precisa:

  • Calorimetria indireta (mede o gasto energético);
  • Bioimpedanciometria (analisa gordura, músculos e água);
  • Avaliação por dobras cutâneas (mede gordura subcutânea).

O perigo de focar só na balança

Muitas pessoas desistem de dietas porque não veem o número da balança cair como esperado. O médico alerta: “O paciente pode estar perdendo gordura e ganhando músculo, e a balança não reflete essa mudança. Isso gera a sensação de estagnação, mesmo quando os resultados estão aparecendo”. 

Mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo, de acordo com um estudo divulgado pela Lancet, compartilhado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O levantamento revela que a obesidade entre adultos mais do que dobrou desde 1990 e quadruplicou entre crianças e adolescentes (5 a 19 anos de idade). Além disso, 43% dos adultos estavam acima do peso em 2022, ano em que foi realizada a pesquisa.

Avaliação especializada faz diferença

Para finalizar, o médico especialista reforça que uma boa avaliação corporal é fundamental no processo de emagrecimento. Ela permite direcionar objetivos, alinhar expectativas e mensurar a evolução de forma objetiva.

“Focar na composição corporal, e não apenas no peso, é o caminho para um corpo mais saudável, forte e com resultados que se mantêm a longo prazo”, explica.

Sobre o Dr. Pedro Fernandes

Dr. Pedro Fernandes possui formação em Medicina pela Universidade de Rio Verde e realizou pós-graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), entidade referência no cuidado nutricional e metabólico. Ele atua em Limeira (SP) e região.

Desde o início da carreira, dedicou-se ao estudo da saúde metabólica e composição corporal, direcionando sua atuação para tratamentos de emagrecimento, hipertrofia e performance esportiva.

Para mais informações, basta acessar: https://drpedrofernandes.com/home