Saúde

Com uma morte por suicídio a cada 40 segundos, Setembro Amarelo destaca impacto dos transtornos mentais neste cenário 

Campanha mundial chama atenção para a urgência em ampliar políticas de saúde mental; especialista  alerta para os riscos de transtornos não tratados

A cada 40 segundos, uma pessoa perde a vida para o suicídio no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são cerca de 14 mil mortes por ano — em média, 38 por dia —, de acordo com o Ministério da Saúde. A maior parte dessas ocorrências envolve jovens entre 15 e 29 anos, faixa etária em que o suicídio já figura como a segunda principal causa de morte. Diante dessa realidade, nasceu a campanha Setembro Amarelo, movimento global de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que em 2025 completa uma década de atuação no país.

A iniciativa ganha ainda mais relevância diante dos dados divulgados neste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS): mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com algum transtorno mental, sendo a depressão e a ansiedade os mais prevalentes. O Brasil, em particular, figura entre os países com maiores índices de transtorno de ansiedade do planeta e está em 5º lugar em casos de depressão, segundo a OMS. Esses números reforçam a urgência de discutir saúde mental e oferecer suporte adequado à população.

De acordo com o professor de psiquiatria da Afya Educação Médica  Brasília, Dr. Cassiano, os transtornos mentais estão intimamente ligados às preocupantes taxas de suicídio. “Grande parte dos pacientes que chegam a cometer esse ato apresenta algum diagnóstico, como depressão, transtorno bipolar, de ansiedade, de personalidade ou de uso de substâncias. Esses quadros, quando não tratados, aumentam muito o risco de tentativas. Por isso, a campanha Setembro Amarelo é fundamental, pois coloca o tema em evidência e contribui para quebrar tabus que ainda afastam muitas pessoas da busca por ajuda”, afirma o especialista.

Para o especialista, o ritmo acelerado da vida moderna, as pressões sociais e econômicas e a sobrecarga emocional cotidiana estão entre os fatores que contribuem para o aumento dos diagnósticos de transtornos mentais. Ele destaca ainda que a pandemia de Covid-19 intensificou o problema: “O isolamento, as perdas, as mudanças na rotina e a insegurança em relação ao futuro impactaram a saúde mental em escala global, e muitas dessas consequências ainda reverberam. A pandemia não apenas aumentou a incidência de alguns transtornos, como também agravou os sintomas de quem já convivia com eles, além de ter provocado um crescimento expressivo no consumo de drogas, especialmente o álcool”, ressalta o psiquiatra.

Além da conscientização, Dr. Cassiano defende a necessidade de investimento em políticas públicas e fortalecimento das redes de apoio. Para ele, falar sobre suicídio com responsabilidade é um passo fundamental para salvar vidas: “Precisamos criar ambientes em que as pessoas se sintam seguras para compartilhar seu sofrimento. Mais do que reconhecer a importância de buscar ajuda, é essencial que essa ajuda esteja de fato disponível e acessível. E, sobretudo, que seja qualificada, com profissionais bem preparados para lidar com as diferentes demandas da saúde mental. O Setembro Amarelo não é apenas uma campanha simbólica, mas um chamado à ação para profissionais de saúde, gestores e toda a sociedade”, conclui o médico da Afya Brasília.

Sobre a Afya  

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de  Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina, e 25 unidades  promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de  medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos  últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da  medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do  portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir  capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação”  (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de  educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo  prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com  ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais  informações em http://www.afya.com.br ir.afya.com.br.

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