Professores apresentam programa de gestão para a Reitoria da USP
Proposta tem como foco sustentabilidade financeira, aprimoramento acadêmico, fortalecimento da pesquisa, ampliação da internacionalização e consolidação de políticas de inclusão
A Universidade de São Paulo (USP) realiza eleições para Reitoria e Vice-Reitoria em 2025, processo que ocorre a cada quatro anos. Nesse contexto, a chapa formada pelos professores Aluísio Segurado e Liedi Bernucci apresenta o Programa de Gestão para o quadriênio 2026-2030, estruturado em sete grandes áreas: graduação, pós-graduação, pesquisa e inovação, cultura e extensão, inclusão e pertencimento, internacionalização e gestão.
O documento dá sustentação à candidatura à reitoria e vice-reitoria da USP de dois professores cuja ampla formação e sólida carreira são fundamentadas na própria universidade. A proposta organiza metas e ações que orientam a futura administração, com foco em sustentabilidade financeira, aprimoramento acadêmico, fortalecimento da pesquisa, ampliação da internacionalização e consolidação de políticas de inclusão.
Na graduação, o programa prevê modernização curricular, valorização docente, ampliação de políticas de permanência e internacionalização de cursos. Na pós-graduação, estabelece ações de atração de estudantes, apoio à permanência, desenvolvimento de competências e criação de observatório de acompanhamento. Em pesquisa e inovação, propõe consolidação de centros de estudos, fortalecimento da ciência aberta e incentivo a projetos de impacto social.
Os candidatos entendem a necessidade de ampliar os canais de diálogo com a sociedade paulista e brasileira, abrindo a universidade, seus feitos e realizações para os diversos grupos e comunidades. A dupla pretende investir fortemente em novos modos de ensino, criando um escritório focado em estudo e uso de inteligência artificial, fazendo benchmarks com as principais universidades do Brasil e do mundo, e reunindo as experiências já muito bem-sucedidas nesse campo pela USP.
Na área cultural e extensionista, os professores definem integração de ações acadêmicas e comunitárias com indicadores de impacto. Em inclusão e pertencimento, apresenta medidas voltadas a diversidade, acessibilidade, saúde mental e equidade de gênero. Esses últimos pontos necessitam de cuidado e atenção especiais, com um olhar técnico, mas também humanizado. Em internacionalização, organiza ações de fortalecimento institucional em fóruns globais e de expansão de redes acadêmicas, buscando ampliar o espaço que a USP tem na Ciência global. Na gestão, direciona valorização das carreiras de docentes e de servidores técnico-adminstrativos, modernização administrativa e ampliação do vínculo com a sociedade.
Perfil dos candidatos
Aluísio Segurado inicia sua trajetória acadêmica na Medicina da USP nos anos 1980, com atuação voluntária em projeto no Pará. Especialista em doenças infecciosas, participou dos esforços de enfrentamento ao HIV no Brasil e desenvolveu carreira acadêmica até tornar-se professor titular da Faculdade de Medicina da USP. Ocupou cargos como Vice-Reitor Executivo de Relações Internacionais, coordenador do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico e Pró-Reitor de Graduação. Dirigiu o Instituto Central do Hospital das Clínicas durante a pandemia de Covid-19, articulando gestão hospitalar e experiência docente.
Liedi Bernucci ingressa na USP nos anos 1970, graduando-se e obtendo mestrado em Engenharia Civil na Escola Politécnica, onde se tornou a primeira mulher professora titular em 2006. Exerceu funções de chefe de departamento, vice-diretora e, depois, foi a primeira mulher a ser eleita para o cargo de diretora da Escola Politécnica. Liderou iniciativas como o desenvolvimento de ventiladores pulmonares durante a pandemia e atuou em cargos estratégicos, como presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, membro do Conselho Superior da Fapesp e da Academia Nacional de Engenharia. Sua trajetória combina docência, pesquisa e gestão, com foco em inovação e compromisso social.
Serviço: A USP reúne aproximadamente 97 mil estudantes em 8 campi distribuídos pelo estado de São Paulo, mantém 6 hospitais universitários e ocupa posição de destaque em rankings nacionais e internacionais, sendo a principal universidade brasileira no desenvolvimento de pesquisa, tendo quase 300 programas de pós-graduação.