Polícia Militar e Gaeco desarticulam esquema milionário de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas
São cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu
A Polícia Militar de São Paulo, por meio do 1º Batalhão de Ações Especiais (BAEP) de Campinas, deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação Off White, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. A ação mirou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas e a uma facção criminosa.
Agentes estão nas ruas para cumprir nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão em Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu. Foi determinado o bloqueio e sequestro de 12 imóveis de alto padrão e o congelamento de valores em instituições bancárias.
Durante o cumprimento de um mandado, um criminoso entrou em confronto com policiais militares e morreu baleado. Um sargento do BAEP também foi atingido. Ele foi hospitalizado e está fora de perigo.
Até o momento, três foram presos, entre eles o homem conhecido como “diabo loiro”, uma das lideranças da organização criminosa. Ele é suspeito de ter participação direta em ataques contra as forças de segurança do estado. Possui diversas passagens criminais por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documento falso.
Investigações
De acordo com as investigações, o grupo, formado por traficantes, empresários, agiotas e influenciadores, movimentava grandes quantias de dinheiro obtidas com o tráfico, misturando os valores ilícitos a recursos provenientes de atividades empresariais legais para dificultar o rastreamento.
As apurações começaram a partir de provas reunidas nas Operações Linha Vermelha e Pronta Resposta, que revelaram conexões entre traficantes conhecidos, integrantes de uma facção criminosa e empresários de diferentes setores. Segundo o Gaeco, os investigados atuavam há anos na acumulação e dissimulação de patrimônio oriundo do crime.
Com o avanço das investigações, promotores e policiais identificaram que o grupo realizou diversas transações imobiliárias e financeiras para esconder os verdadeiros beneficiários e a origem ilícita dos bens.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos e rastrear novas ramificações do esquema.


