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Opinião

Carpetes são os grandes vilões da qualidade do ar?

Por Paulo Jubilut

Todos nós estamos sempre sujeitos a doenças respiratórias, e evitá-las depende de diversos cuidados tomados diariamente. Durante anos, os carpetes foram considerados como um dos grandes vilões causadores destes problemas, criando o estereótipo de que mais trazem danos à saúde do que benefícios. Apesar de ainda ser uma forte ideia em muitas pessoas, esse é um forte mito sem qualquer respaldo científico – uma vez que, na prática, seu uso em ambientes internos traz vantagens extremamente importantes para a manutenção da qualidade do ar.

Muito além do que um mero item de decoração, os carpetes e outros tecidos são peças essenciais de integrarem o escopo construtivo dos estabelecimentos – seja escolas, ambientes profissionais, casas, e muitos outros. Sua presença compreende multifunções complementares e extremamente importantes para o uso coletivo, indo desde o próprio conforto dos usuários como em assentos estofados, até uma melhor acústica, como exemplo.

Fora essas questões mais conhecidas, um dos maiores papéis dos carpetes, em qualquer ambiente interno, é o de funcionar como um filtro das partículas que, inevitavelmente, estão presentes nestes locais. Eles atraem e retém as que ficam em suspensão, retirando, justamente, essas impurezas que são algumas das maiores causadoras das doenças respiratórias. Em épocas de maior propensão ao aumento da disseminação destes casos, ter estes têxteis como aliados é um fator crucial para a manutenção da saúde.

Como prova disso, dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontaram que, entre janeiro e março deste ano, foram registradas mais de 3,3 mil infecções de doenças respiratórias no país. Destes, vírus sincicial respiratório (VSR), considerado como o grande “vilão” da temporada outono e inverno, representou 30% dos casos – o qual, caso não controlado corretamente, pode gerar sintomas graves para todas as idades.

Ainda, em outro estudo conduzido pela USP utilizando as soluções da Millicare, na avaliação microbiológica de superfícies forradas por interferência de processo de higienização, foi constatado que a avaliação temporal da concentração destas partículas, antes e após este procedimento, foi reduzida significativamente, bem como sua capacidade de remoção – o que corrobora para a constatação de seu atributo fundamental para a manutenção da qualidade do ar.

Em locais fechados com grande movimentação de pessoas, a melhor forma de evitar essa propagação e assegurar o filtro destas partículas danosas ao sistema respiratório é, não apenas com a instalação destes tecidos, mas acima de tudo, sua devida manutenção periódica e eficaz. Afinal, de nada adianta inserir carpetes em todo o ambiente, sem higienizá-los devidamente e retirar todos os microrganismos retidos.

Existem diversas tecnologias modernas e robustas que, quando operadas auxiliadas por profissionais qualificados e com a expertise no ramo, são capazes de limpar estes tecidos de forma 100% assertiva. Há, inclusive, um guia completo desenvolvido pela ABRITAC (Comitê de Tapetes, carpetes e capachos da ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção), contendo as melhores práticas de manutenção destes itens e os cuidados voltados aos revestimentos têxteis de pisos, através das técnicas e procedimentos ideais para atingir essa missão.

Mas, para que consigam garantir esse cuidado, é preciso, acima de tudo, uma verdadeira compreensão sobre a importância dos carpetes e de outros têxteis para a manutenção da qualidade do ar interno. Muitas empresas ainda não relacionam o real valor econômico deste material e sua importância para a saúde, o que faz com que não direcionem verba suficiente para manutenção.

Por isso, precisamos, urgentemente, de um maior envolvimento de toda essa indústria para mudar este paradigma – dando liberdade para que, desde no plano arquitetônico, os profissionais do ramo insiram estes carpetes nos empreendimentos e ensinem seu público a cuidá-los periodicamente. Assim, além de trazerem um maior conforto térmico para seus ocupantes, conseguirão cumprir com essa preservação da boa qualidade do ar e reduzir as chances de doenças respiratórias no local.

Abordando a fundo este tema, a Brasindoor irá realizar um evento presencial no Senac Tiradentes, no dia 27 de julho, das 08h às 17h, contando com diversos especialistas do ramo em um cronograma de palestras sobre como promover essa gestão corretamente. As inscrições estão abertas no link a seguir: http://brasindoor.com.br/.

Paulo Jubilut é vice-presidente do PNQAI e Coordenador do Guia ABIT-ABRITAC (Associação Brasileira da Indústria Têxtil).

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