Opinião

A esquizofrenia que massacra o surrado povo brasileiro

Por Robson de Castro Mendes

Brasil, 2022, ano de eleições presidenciais e em outras esferas de poder. Pós-pandemia, crise econômica mundial, guerra na Europa e uma carga tributária de sangrar todo e qualquer ser humano que pisa nas terras descobertas por Cabral.

Estas são partes dos fatos, sem contar a guerra civil e a violência que se espalha pelo Brasil. O que mais me chama a atenção é que uma parte da mídia, que recebe vultuosas quantias de dinheiro do governo, ou melhor, dinheiro público, do povo, das pessoas economicamente ativas, forja a pior maneira de desconstruir um detalhe primordial: o dinheiro é nosso!.

Só existem governos municipais, estaduais e federal pelo simples motivo do povo pagar essa conta cara. E se falta comida no prato, é que cada cidadão no país sangra na mão de esferas de governo que fazem milagre com o nosso dinheiro.

Daí entra a esquizofrenia desenfreada. Se o dinheiro é nosso, nada mais justo dele voltar para a mão dos donos. Em minha singela opinião, sequer as pessoas deveriam pagar impostos, porém, aqui é a plebe que mantém os reinados de um monte de gente sem qualquer qualificação para gerir uma cidade, imagine um estado ou país.

Está em pauta a tal PEC que vai redistribuir dinheiro em benefícios para o povo até o final do ano. Chamam de PEC Kamikaze, alvo de críticas de um monte de políticos e também de boa parte da mídia, mas esse dinheiro todo é nosso, não deles.

Por outro lado, esses mesmos políticos e uma galera limpinha, com apoio dessa mídia bancada pelo suor e sangue dos brasileiros, celebram dois projetos para distribuir dinheiro para projetos sociais. Então, tem algo errado: quais as prioridades? Barriga vazia não dá energia a ninguém ir consumir cultura. São tempos de repensar se precisamos de tantas estruturas políticas e essa mídia que consome o que é nosso. Nosso dinheiro.

O povo tem que perceber que se tem dinheiro para a cultura, tem que ter dinheiro para os benefícios. Tem que ter vergonha na cara por parte dos legisladores e executivos públicos que é primordial reduzir impostos ao mínimo possível, afinal, a pandemia mostrou que palácios podem ser trocados por trabalho remoto. Cargos comissionados deveriam deixar de existir, fim da farra com o nosso dinheiro. Frotas de veículos próprias ou alugadas deveriam ser banidas. Super-salários deveriam ser passíveis de cadeia. Juízes deveriam trabalhar e despachar de casa, comprometidos com seus horários de expediente.

É apenas a ponta do iceberg. O Brasil do futuro, que desde o descobrimento tem essa maldita promessa, só depende do povo parar de ser trouxa e bancar esse sistema falido, frágil, sem comprometimento com o público, apenas com os bolsos de quem mama há anos das tetas do dinheiro público.

Na mídia existe uma mitomania. Como se eles não estivessem percebendo que a cada dia as pessoas estão abandonando essa alimentação noticiosa sem sentido por outros conteúdos, novas discussões, entendendo um pouco mais sobre o país onde vivem.

São tempos de renovação, onde a hora é agora. O dinheiro é nosso, não há mais tempo ou motivos para aceitarmos que façam dos brasileiros, surrados, mais uma vez vítimas de um sistema que tem o único dever de se manter às custas das vidas do povo.

Tem que ter dinheiro para todos, sim, seja na cultura, na PEC, nos raios que nos partam, mas o dinheiro é nosso, simples assim.

Robson de Castro Mendes é comunicador, Gestor Público, Corretor e Avaliador de Imóveis (CRECI-SP), com 20 anos de experiência na área de assessoria de imprensa e comunicação social. É host no Pé na Areia Podcast, diretor do site Estação Litoral SP e proprietário da Uno Mobi Comunicação. Também é redator na Revista Live Marketing.

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